sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
O ano ainda não acabou...
Final de ano é sempre a mesma coisa, tempo de reflexão, parar pra pensar em tudo que ocorreu em nossas vidas, e como sempre chegamos a uma conclusão, que apesar de ter feito muita coisa não fizemos nada. Pelo menos comigo é assim. Todo ano quando paro pra pensar eu digo: Não fiz nada! Mas sei que ainda há tempo de começar muita coisa e terminar esse ano ainda, claro que dependendo do tamanho da realização que queremos concretizar. Por exemplo, nem se um milagre acontecer eu tiro carteira de habilitação esse ano. Mas posso fazer alguém feliz em um único dia. Posso levar abraço aqueles que sentem frio, não frio físico, mas emocional. Posso conquistar o sorriso de uma criança. E posso até encontrar um amor, por que não? Afinal o ano ainda não acabou.
Estava pensando com relação à retrospectiva da globo que irá ser exibida hoje, quando ainda resta ao ano alguns dias de vida, sim, muita coisa pode acontecer em um minuto.
Os meus planos, as minhas metas, não são para o próximo ano, não, elas são para 2008, pois sei que eu posso fazer acontecer muita coisa ainda. Não quero avaliar agora o que fiz esse ano, quero continuar fazendo, quero terminar aquilo que já iniciei. Dois mil e oito ainda não acabou! Ainda há esperança, as mudanças que planejamos ainda podem acontecer. Os planos para 2009 irei iniciá-los no primeiro dia do ano, mas até dois mil e oito acabar ainda irei realizar meus planos.
Ainda não irei desejar a vocês um feliz ano novo, um feliz final de 2008.
Bjosss
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
O que eu aprendi em 2008? Parte II
resolvi voltar a escrever sobre esse ano tão maluco e tão cheio de descobertas e mudanças...
Em 2008 eu aprendi que as feridas são feitas para calejar e que muitas vezes temos que aprender a conviver com o sofrimento, pois ele é inerente à vida...
Aprendi que as pessoas não são boas nem más, elas são apenas humanas o suficiente para nos decepcionar. E aprendi que algumas pessoas são egoístas o suficiente pra machucar a sua alma para fazer bem a elas mesmas.
Eu aprendi que conhecimento é meu vício. E aprendi que dificilmente terei sucesso pessoal e profissional. Algum dia, precisarei escolher, e sendo uma ou outra sofrerei por isso.
Aprendi que eu sou responsável pelas minhas escolhas e também sou responsável por tudo que acontece comigo.
Eu aprendi que Tim Burton é o meu diretor preferido e que eu gosto mais de cinema que de qualquer outra coisa na vida. Isso tirando sexo, claro.
...
Feliz Natal
Estou passando pra desejar pra galera um Feliz Natal, não por presentes e festas, mas por saber que Deus enviou seu filho Jesus para nos salvar. Que o verdadeiro significado do natal seja o real motivo de alegria de todos.
Boas festas!
Bjos
Thatá Lucas
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
O que aprendi em 2008?
Estranho desejar "feliz ano novo" pra alguém...
Eu prefiro desejar sempre "feliz dia novo"
Feliz dia novo porque um ano é feito de 365 dias de esforços para que o ano em si seja bom. Um ano não se faz sozinho. Nós temos que ter consciência de que estamos fazendo o melhor pra nós mesmos e para os outros.
Bom, chega de baboseiras não é mesmo? Eu senti uma vontade louca de falar aqui sobre coisas importantes que aprendi nos "dias novos" desse ano.
Em primeiro lugar eu aprendi que não importa o quanto você ame alguém, a sua vontade de viver tem que ser maior que esse sentimento.
Eu aprendi que não se deve fazer o que os outros esperam, deve-se fazer o que você acha adequado.
Aprendi que amigos são flores lindas que a gente cultiva durante a vida, e a melhor hora pra você testar o quanto é bom em jardinagem é quando está embaixo, sem nenhuma possibilidade de sair. Daí você tem que se agarrar nas raízes que você cultivou e ver se são fortes ou fracas. Graças a Deus eu sou excelente jardineira.
Aprendi também que não importa o quanto você se importa, algumas pessoas simplesmente não se importam e não tem nada a se fazer para mudar isso. Aprendi que pessoas vêm e vão e que isso independe de você. Aprendi que não há nada que faça melhorar a dor da perda.
Aprendi que família é a maior preciosidade de uma pessoa e que é aconselhável saber disso enquanto ela ainda está completa.
Aprendi que eu posso não ser boa o suficiente para algumas pessoas, mas sou o melhor que eu posso ser. E aprendi que o meu melhor é o suficiente enquanto estiver sendo sincera comigo mesma.
Aprendi que calma e paciência são dons de Deus e que o desespero só piora as coisas. Aprendi que por mais que você esteja irritado nunca deve jogar nada em ninguém.
Melhor continuar depois, já deu por hoje né?
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Vai começar tudo de novo!!!
"EU TE DESEJO NÃO PARAR TÃO CEDO, POIS TODA IDADE TEM PRAZER E MEDO, E COM OS QUE ERRAM FEIO E BASTANTE, QUE VOCÊ CONSIGA SER TOLERANTE. QUANDO VOCÊ FICAR TRISTE QUE SEJA POR UM DIA E NÃO O ANO INTEIRO".
Desejo a vcs
SAÚDE
SEXO (SEGURO E DE QUALIDADE)
PACIÊNCIA
AMOR
DINHEIRO
PERSEVERANÇA
Feliz 2009 a todos e Boas Festas
Ps: espero achar uma Lan-house para contar sobre minhas festas e férias. Bjus em especial a Lu a Thalita
sábado, 20 de dezembro de 2008
As ruas foram feitas para os carros
Se relacionar com outra pessoa significa, por hora, abrir mão de parte de quem você é em prol de um bem estar do relacionamento. Ontem por exemplo eu estava conversando com uma amiga minha sobre isso e debatemos sem chegar a um consenso. Deixa que eu conte algo que aconteceu comigo.
Eu fiquei com um garoto durante 3 meses e gostávamos muito um do outro, foi legal mas queríamos coisas diferentes do relacionamento. Eu tinha acabado de sair de um namoro traumático em que tinha sido apunhalada pelas costas e a última coisa que eu queria era um homem pra me fazer odiá-lo. O fato é que o relacionamento acabou sem nós percebermos, não foi ruim, não brigamos e continuamos amigos. Um dia inevitavelmente ele acabou namorando outra moça.
Algo extremamente normal, não fosse pela estranha birra que ela tinha de mim. É estranho como alguém pode achar que tem o direito de se sentir incomodado, ou mal, ou até mesmo chateado com uma pessoa que não conhece. E é mais estranho ainda uma pessoa querer tirar a outra, que teóricamente deveria amar, da convivência de alguém que ela gosta por puro egoísmo."Amor egoísta" uma ironia.
Voltando à história, continuamos conversando por um tempo até que o namoro dele se tornou insustentável com a minha presença. Então ele avaliou que a minha amizade não valia a pena e nunca mais falou comigo. Estranho essa coisa de não falar, quando a gente evita o diálogo é porque não quer encarar uma situação de frente, então foge e finge que nada aconteceu.
Apesar de ter ficado chateada eu fiquei bem. Não tenho raiva dele, apenas acho que é estúpido pensar que um namoro exclui a gente do resto do mundo. Mas ele tem o direito de pensar assim. Uma coisa que aprendi quando tive o coração arrancado é que ninguém tem o direito de interferir na escolha de ninguém. Por mais que seja dolorido e que eu nunca entenda o porque tenho um imã com homens covardes que preferem se calar a resolver as coisas, não é uma coisa que eu possa mudar.
Só por curiosidade, se algum dia ele ver a besteira que é opitar morar em uma bolha por causa de alguém, do jeito que eu sou boba devo perdoar e fingir que nada aconteceu.
As vezes penso que relacionamento é como as vias. Não foram feitos para as pessoas, foram feitos para as máquinas. E o engraçado é que embora, tanto o trânsito quanto o amor, façam uma transferência de valores. Ainda assim todos querem abrir mão de uma tranquilidade para conquistar um bem. No caso do trânsito as pessoas reclamam das ruas cada dia mais engarrafadas e de terem que sair de suas casas para a construção da linha verde. Mas, niguém quer deixar de ter um carro. No casamento a essência é a mesma, todos reclamam da falta de individualidade, mas cobram uma doação integral do conjuje.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Morando em curitiba

Primeiramente o tempo de percurso nunca foi e nunca será de 25 minutos, a menos que seja feriado, num dia qualquer, de moto, gasta-se em média 35. Em horário de pico esse tempo praticamente dobra.
O primeiro ponto de engarrafamento é o trecho próximo a Faminas porque naquele trecho não foi possível manter o alargamento da pista, é onde desemboca o trânsito da vilarinho, e os retornos em ambos os sentidos já dão sinais claros de problemas no tráfego. As obras no cruzamento com a Waldomiro Lobo não foram suficientes para liberar o tráfego que fica lento daquele trecho até os viadutos próximos a estação São Gabriel. Para aqueles que estão de carro ou moto é possível acelerar um pouco até o próximo ponto crítico que vai do Minas Shopping ao elevado antes do túnel onde o trânsito praticamente pára. O trecho final da Linha verde é lento, muito lento.
Eu não sei não... talvez a equipe que filmou as cenas para o comercial de tv tenha trabalhado no feriado por que há uma distância enorme entre a “melhor capital do Brasil” e a cidade em que eu moro, principalmente com relação ao trânsito. É... os publicitários que bolaram a campanha chamam Belo Horizonte de “a melhor capital do país”.
É engraçado por que olhando para o que foi feito na Cristiano machado é possível notar uma certa dinâmica tendenciosa no projeto. O espaço destinado aos coletivos não foi privilegiado pelo alargamento de alguns trechos. Eles continuam espremidos na tal pista exclusiva que em horários de pico pára em alguns trechos. Na altura da Silviano Brandão é até cômico os motoristas fazendo das tripas coração para tentar passar da “pista exclusiva para ônibus” para o outro lado da Cristiano machado a fim de ter acesso a entrada para os bairros Goiana e região. No elevado próximo ao bairro floresta os ônibus não trafegam.
Diante da impossibilidade de abandonar o uso cotidiano do automóvel existe uma possibilidade válida. Seria interessante se coubesse a industria automobilista o dever de financiar as próximas obras direcionadas a melhorias no trânsito. Dessa forma, seria ela mesma, com campanhas como essa da prefeitura, a incentivar a compra de carros e motos, afinal é somente o setor automobilístico que lucra com isso. A verba publica destinada a esse fim poderia ser redirecionada para a educação, fazendo com que as pessoas se voltassem mais para o bem publico, privilegiando assim o meio de transporte coletivo. Se bem que as pessoas com maior nível de instrução são as que mais compram carros. E também para a saúde, afinal as pessoas costumam ferir umas as outras no trânsito.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
mim qué tocá
O led foi uma banda de verdade um dia e nesse tempo os caras não curtiam filmar os shows não, nem esse lance de clipe. Da pra entender...o que o rock teve de melhor sempre foi a espontaneidade e a energia que ele detonava nas pessoas. Não é atoa que foi a trilha sonora da contra cultura da qual o led e outras bandas da década de setenta faziam parte. Eu gosto de assistir dvds de shows, tenho um monte deles, mas não é a mesma coisa.
No livro de Abílio Machado, a televisão levada a sério, ele diz algo bastante interessante. Pra ele a musica sempre foi associada a imagem, disse que uma coisa meio que complementa a outra. Isso meio que resolveu um conflito meu sabe...eu sempre achei que a tv, mais especialmente o clipe, meio que estragavam a musica a medida que ia fornecendo uma narrativa que reduzia o caráter subjetivo reflexivo da musica. Pelo o que eu li la a coisa não é bem por ai.
É verdade sim que o clipe é usado em larga escala pra fins meramente mercadológicos e os programas de tv nada mais são, na maioria das vezes, do que vitrines para produtos culturais ( ou de outra natureza qualquer). Contudo a imagem pode complementar a musica e amplificar a subjetividade e a reflexão. O conflito? Ah é que mesmo achando q a imagem detona a musica eu só me interessei por ela por causa da tv. Mais precisamente a M tv.
Isso é justificável, pensa bem. Quando filmam os shows que passam na mtv o câmera ta sempre em lugares estratégicos. Os caras que tão tocando estão em lugares estratégicos. Você em casa também. Por mais louco que seja o seu sistema de som você nunca viu um show se não foi em nenhum.
Aposto que muita gente ficou desapontada com os shows da madona, por q no show não da pra reproduzir o que rola nos clipes. Ela bem que tenta mas não da. Ai dale telão e shows de luz. Se for pra ver no telão por que não vê em casa?
O seu Abílio ta certo, mas a tv é um meio de comunicação em massa que não favorece aquilo pelo qual o led primava e que ficou tão bem representado no clipe do REM... eu sei o que você esta pensando: que o clipe do REM é prova de que o clipe pode amplificar a reflexão da canção, de fato isso é verdade, mas num show de rock se vai para sentir e não refletir. Então eu acho que a tv estraga o show e não a musica. Estragando o show ela estraga o rock, onde o que importa é o show. E estragando o rock, se abre espaço pra bandas com sites legais, visual bacana, conceeeito... mas musica que é bom... necasss.
É como o Roger diz, “a gente so queria tocar e não sabia fazer propaganda, agora a galera so quer fazer propaganda sem saber tocar”.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008
O retorno
Ele voltou. Confesso que não esperava que eu ficasse tão calma. Ele chegou do mesmo jeito que foi, com o vôo atrasado. Aaahh... como vivi 15 dias sem aquele sorriso!!! É ele continuava o mesmo. Mas o abraço era mais forte que o normal. Era abraço de saudade. De branco pálido que era voltou marron bombom e cheio de gírias nordestinas. Trouxe um colarzinho, tipicamente praiano pra mim, fiquei feliz com se tivesse ganhado uma joia cravejada de pedras preciosas. E a toda aquela minha desconfiança se foi depois de ver suas fotos. Uma delas me derreteu, era um coração desenhado na areia, e nele tava escrito "mesmo longe te sinto perto.... eu te amo". As lágrimas me vieram aos olhos, mas me contive. Estava aliviada, tudo estava como antes. Ele estava feliz pela viagem, e os novos amigos, que vem visitá-lo em fevereiro, e eu estava feliz por vê-lo feliz e saber que nada havia mudado.
Saudade
Clarice Lispector
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
A culpa é do Lula
Então, uma questão
E a globo transformou a viadagem es
Talvez
Ahh então... essa bande
Mas então, se esse outro Dorival não tem
Ahh... Vo
A banda do Durval ou desde o Cazusa o rock é mauricinho

O Durval tem uma banda que ele acha que é de rock. A banda do Durval fica clamando pela chuva no seu single que não para de tocar na tv, exatamente como a chuva que não para de cair hoje. É assim desde que eles fizeram o seu primeiro show que, alias, foi no palco de uma premiação musical transmitida ao vivo para todo o Brasil, o tal VMB da MTV. Fico pensando: como pode uma banda nascer com tanto prestígio sem nunca ter produzido nada?
Háaa pro Durval isso é mamão com açúcar!! Eu me esqueci... como pude. O Durval já nasceu no palco com um microfone na mão! Acho até que a mãe dele foi fertilizada com o auxilio de um. Ta certo que no inicio ele não cantava muito, mas rebolava que era uma beleza. Quem cantava mesmo era a irmã, mas ta certo né ela é mais velha.
Ó mas não pensa que foi fácil pro Durval porque não foi não viu!??! Sabe como é pai né, sempre querendo que o filho faça a mesma coisa que ele, então dále cortes de cabelo esquisitos e roupas de caubói. Posso dizer que o Durval foi, junto com a irmã, o maior caso bem sucedido de Maísa de todo o Brasil. De tanto martelar as musicas deles na cabeça da meninada eles desceram guela a baixo e venderam milhões. Hoje em dia têm mais grana que o papai sertanejo. Nada mais justo agora que o Durval se divertir um pouco né não?!!?
Então, já que nunca deixaram ele cantar na dubla mesmo, ele abraçou esse lance de ser coadjuvante, comprou uma batera (várias na verdade) e foi tocar um rock. Pra deixar bem claro que o Durval agora é rocker, fizeram um moicano invocado, umas tatoos e mandaram ele pra academia (ou fazer um regime de engorda sei lá).
Acho que, como a Ivete Sangalo disse (e ela é uma grande referência no assunto, diga-se de passagem), a banda do Durval tem tudo pra emplacar. Afinal foi mais ou menos o que rolou com a banda do filho do Fábio Júnior e tantas outras que fazem o circuito MTV, caudeirão do huck , domingão do Faustão etc...tipo o NX Zero( eu ia dizer que foi o mesmo que rolou com o CPM22, mas apesar deles serem chatos pra caralho, eles pelo menos ralaram um bocado no cenário independente).
Bom, vide bandas como o CPM22, o lance agora é esperar tal qual a porcaria da chuva que cai lá fora. Quem sabe esse mal tempo não passa logo? De repente o Durval arranja coisa melhor pra fazer... quem sabe...
domingo, 14 de dezembro de 2008
AQUELA FOTO
sábado, 13 de dezembro de 2008
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Eu e meus botões
Já a quase seis meses sozinha de tudo, me perco em meus pensamentos, nas lembranças do meu último afeir. Ele está bem, arrumou uma namorada séria e parece estar infeliz. Porque a maioria das pessoas que namoram parecem ser infelizes ou perdidas na própria rotina?
Essa é a pergunta que não quer calar. Porque a rotina me incomoda ao ponto de eu ter convulsões quando estou presa em uma? Não era pra rotina incomodar já que ela é impreterivelmente parte da nossa vida?
Fica cada vez mais confuso e mais dificil viver...
Me perdendo
A verdade é que estou me sentindo perdida, com uma bussola quebrada e nem posso pedir ajuda a alguém que passa na rua, porque o pior de tudo é que não sei pra onde quero ir. Não sei qual o meu destino, só sei que estou indo carregando essa bussola que não me serve pra nada e mesmo se ela funcionasse do que me adiantaria? Não existe um rumo, não existe um plano, só existe uma louca vontade de chegar a algum lugar.
Ps.: É hoje não encontrei as palavras, elas não quiseram me acompanhar.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Sai do meu colo, você vai morrer
Conheci Katarina em uma manhã de sol. Ela sorriu pra mim, num sorriso tão meigo que não consigo deixar de lembrar toda vez que fecho meus olhos. Tinha eu 16 anos e ela, 15, numa doçura melada, que me constrangia, que me fazia derreter e fazer qualquer coisa por ela.
Nina, como era chamada pelas amigas, era uma mistura de menina acanhada e mulherão. Era Uma mistura tão doida que me deixava confuso ao ponto de não ter conseguido conversar verdadeiramente com ela uma única vez.
Nos encontrávamos aos sábados depois do meu futebol. Que saudades meu Deus, dela sentada na grama, com um cigarro nas mãos, aquele sorriso entre os lábios, estendia o back pra mim e falava. " Meu bem, sua vez..."
Um dia as apostas aumentaram, Nina estava mudada. Eu ia buscá-la no trabalho todos os dias, e aquilo me doía. A papelaria sempre cheia de adolescentes malditos. Ela naquelas roupas sensuais. Aquela situação estava insustentável. Mas, mesmo com tuto aquilo, eu ainda a amava. Não me importava o que ela fazia, eu a amava demais, o suficiente para suportar qualquer coisa por ela.
Um dia Kat, como eu a chamava, ligou séria, "Grégor, preciso de você, estou no campo". Fui desembestado zigzagueando aquele morro infinito. A ladeira do campinho nunca foi tão grande quanto naquele dia. Eu sabia, tinha sido a última vez que eu ouvia aquela voz.
Vi Kat deitada na grama, achei que estava morta. Deitei ao lado dela, encostei meu ouvido em seu peito, parecia que seu coração ia explodir. Coloquei ela no carro, Nina me olhando com aqueles olhos esbugalhados, eu gritava com ela enquanto tentava dar a partida. Tudo ficou escuro e minha visão se apagou num negro sem fim.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Valor
Fidelidade (do latim fidelitas pelo latim vulgar fidelitate) é o atributo ou a qualidade de quem ou do que é fiel (do latim fidelis), para significar quem ou o que conserva, mantém ou preserva suas características originais, ou quem ou o que mantém-se fiel à referência. Fidelidade implica confiança e vice-versa, e essa relação de implicação mútua aplica-se quer entre dois indivíduos, quer entre determinado sujeito e o objeto sob sua consideração, que, a seu turno, também pode ser abstrato ou concreto. Essa co-significação originária mostra-se plena quando se tratam de dois sujeitos, ambos com capacidade ativa, pois, nesse caso se pode invocar o correlato a confiança (do latim cum, "com" e fides, "fé").
O Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa define Fidelidade como:
Substantivo feminino. Qualidade de fiel; lealdade. Constância, firmeza, nas afeições, nos sentimentos; perseverança. Observância rigorosa da verdade; exatidão. Fís. Propriedade duma balança que assume sempre a mesma posição quando solicitada pelas mesmas forças. Fís. Propriedade dum sistema acústico capaz de reproduzir sons de todas as freqüências presentes num sinal original, respeitando as relações de intensidade.
As raízes históricas da Fidelidade são originárias de uma conotação religiosa(atualmente ainda válida), mas não exclusiva. É comumente aplicada tanto a pessoas quanto a outros entes, animados e inanimados, concretos, abstratos ou mesmo imaginários, desde que observado o seu núcleo de significação, "ser ou permanecer conforme as características originais". Nesse sentido, pode-se dizer que se assemelha à idéia de invariância, embora não seja necessariamente o mesmo significado.
O termo Fidelidade pode ser empregado para se referir a qualquer uma das áreas ou dos assuntos a seguir:
Fidelidade conjugal é a manifestação da Fidelidade no domínio de uma relação conjugal — qualquer que seja a sua natureza em figuras ou em papéis de gênero — que pode ser recíproca, mutuamente acordada e assentida, ou unilateral, acordada ou não. Implica necessariamente mútua confiança, aceita esta e considerada como a base da estabilidade relacional. Sem dúvida, existe um equívoco generalizado no identificar Fidelidade com sexualidade. Conquanto possa envolver também o aspecto sexualidade relacional, que é o mais usual, não se pode se prende e ele exclusivamente.
Fidelidade cultural é o atributo, que implica manutenção de padrões ou referências no âmbito de uma dada cultura, a determinadas idéias, conquanto a manutenção possa sofrer transformações sob o influxo da dinâmica cultural. A Fidelidade, na tecnologia e nas comunicações eletrônicas, pode se designar a qualidade dos sons ou imagens. Assim, fala-se em aparelho de som de alta Fidelidade (do inglês High Fidelity, abreviado como Hi-Fi), onde a "Fidelidade" estaria se referindo à busca por um som tão igual ou semelhante ao original quanto possível. De modo semelhante, pode-se descrever uma imagem como sendo de alta Fidelidade. Já a Fidelidade de escrita e tradução é a propriedade que consiste em manter ou preservar as características originais de um escrito, texto ou obra, quer no aspecto puramente gráfico, quer no aspecto puramente ideológico, ou em ambos os aspectos.
E por último a Fidelidade religiosa é tanto a qualidade de permanência do fiel em relação à sua base doutrinária, quanto à permanência de um comportamento ou conduta em conformidade com o prescrito. Nesse sentido, o seu antônimo poderia ser lato sensu, adultério ou idolatria.
E ai você anda praticando a fidelidade?????
Ser Independente ou ser Amélia?
Também tenho pensando um pouco sobre ser Amélia e ser Independente. Ser Amélia é ter um marido, talvez barrigudo, talvez magrelo, talvez bonito, talvez feio, mas no geral que não fazem nada pra ajudar no serviço de casa, alguns até ajudam um pouquinho. “Talvez ele pense:” Eu ajudar pra que? Já sustento essa mulher e os meus filhos, não preciso fazer mais nada.” Acreditam que a obrigação dela é lavar, cozinhar, passar, e etc. Precisam pedir dinheiro pra comprar roupas, sapatos, bolsas, sim principalmente as bolsas e eles sempre perguntam “Mas pra que mais uma bolsa? Uma só ta de bom tamanho” Não entendem a necessidade dela de combinar o sapato com a bolsa e acreditam que isso é um absurdo.
E ser independente? O que seria? Você não precisar de contar com o dinheiro dele, ser dona do seu próprio dinheiro, gastar da forma que lhe der vontade! E muitas vezes ajudá-lo nas despesas da casa e por isso exigir que ele ajude na organização da mesma. É sair cedinho para trabalhar, se interessar por assuntos ligados a política, é ir ao cinema sozinha, é curtir seu apartamento, é colocar o cd que te agrada no seu carro e claro ser capaz de trocar o pneu dele. É poder ir à academia. É curtir todos os dias da vida de uma forma diferente. Sim, cada noite fazer algo que a agrada. Agora a Amélia, não pode ser dar ao luxo de escolher o que fazer a noite, ela tem que tomar seu banho e ir deitar casada do pesado serviço de casa. O trabalho dela não é realizado através de um computador. Muitas vezes a Amélia não sabe nem o que está acontecendo no mundo lá fora, ela não tem tempo de ler um jornal, e pra que leria?
Meninas, sinceramente, alguns momentos de ser Amélia deve ser bom! Com certeza, deve ser agradável você esperar com ansiedade o momento em que a amado irá chegar em casa, deve ser bom imaginar que ele estará chegando carregando uma rosa, sem nenhum motivo especial, apenas por amá-la. Mas não dá pra ser totalmente Amélia. Se tiver como, se existir na fase da terra um homem que queira a moça inteligente e Amélia, eu serei sim as duas! Eu quero ser Independente e Amélia. Quero ser a moça inteligente e quero ser aquela que terá alguém que a ame. Mas sinceramente, acho que o problema esta ai, agora é os homens que devem se tornar um ser inteligente, que saiba escolher de uma forma sensata.
Bom, isso é o que penso. Não sei se estou certa, mas está ai meu ponto de vista sobre o assunto.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Amélia que era mulher de verdade???
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
O calor da chuva
- Ter filhos ou ter uma carreira? O que devemos fazer afinal?Eu particularmente tenho crises constantes, isso quando não tenho certeza absoluta que o papel feminino é sempre, ou quase sempre, flutuante. Minha angústia se deve ainda à cobrança exagerada. Sim, somos cobradas por mais coisas que de fato podemos fazer.
Aaaaah sim, ainda tem a porra do silicone. Além de termos uma carreira impecável, uma família linda e sermos acima de tudo mães participativas ainda somos obrigadas a cultivar um corpo escultural, digno de fazer inveja a qualquer Narciso que se preze. Mas isso se deve a vários fatores ligados ao "poder sexual" culturalmente dado os homens.
Primeiramente, os homens, pelo menos em sua maioria, não suportam uma mulher inteligente. Ora, mulher inteligente dá trabalho e muito trabalho. Para começo de conversa, mulher inteligente é exigente. Não aceita qualquer tipo de sabonete, tem que ser aquele com hidratante e essência de morango. E o homem, historicamente falando, gosta de mandar em tudo, não aceita que a mulher escolha nem uma mísera marca de sabonete. Uma pergunta. Pra que se matar de estudar se você vai casar com um homem barrigudo, que ronca todas as noites no seu ouvido, e ainda vai querer dar palpite em tudo, até na cor da sua licha de unha?
Eles acham que podem controlar tudo, o que fazemos, o que comemos, o que compramos e o que falamos. Um dos maiores problemas nos relacionamentos modernos, isso porque as mulheres inteligentes e bem sucedidas, na maioria das vezes, não aceitam obedecer simplesmente. O que é, para muitos casais, uma situação impossível de ser sustentada.
Além disso ainda tem a cobrança da família. Lógico, como assim Luana, você prefere ter razão que ser feliz?Aí eu pergunto, alguém consegue ser feliz se anulando? Talvez a felicidade pra uma mulher hipermoderna seja muito mais difícil de ser alcançada que se imagina. Isso porque se por um lado há um sonho romântico de um casamento socialmente aceitável. Por outro lado sua mãe buzina no seu ouvido. "Você tem que ser independente minina". "Mas como mãe? É pra casar ou ser independente? Sim, porque casar implica em dividir a vida, e não dá pra ser independente dividindo a vida com alguém".
Aí bate a dúvida, medo da solidão, medo de ficar pra tia. Bom, mas ficar pra tia nem é uma idéia assim tão ruim depois que um babaca qualquer te fez perder toda a vontade de ter uma vida com alguém. Sobra então a independência, a tão sonhada independência. A razão que veio para nós em forma de um sutiã queimado. Mas Daí vem a chuva e apaga o fogo, te traz a realidade, como já dizia Chico Buarque, "...ta na hora de arrumar namorado pra casar e casamento pra sofrer". Isso ecoa de um jeito cruel, como se não houvesse nenhuma escolha para a infelicidade. Estamos fadadas então à escolha entre a solidão e a falta de opinião, uma coisa anula a outra e não tem como escapar. Tem como escapar?
Está chovendo lá fora e está chovendo aqui dentro, uma confusão na cabeça e o desgosto de ter razão sozinha. Chove quando faz um calor de dentro pra fora, já dizia Tabinha...
sábado, 6 de dezembro de 2008
Dualismo - Olavo Bilac
Vives ansiando, entre maldições e preces,
Como se a arder no coração tivesses
O tumulto e o clamor de um largo oceano.
Pobre, no bem como no mal padeces;
E rolando mum vórtice insano,
Oscilas entre a crença e o desengano,
Entre esperanças e desinteresses.
Capaz de horrores e de ações sublimes,
Não ficas com as virtudes satisfeito,
Nem te arrependes, infeliz, dos crimes:
E no perpétuo ideal que te devora,
Residem juntamente no teu peito
Um demônio que ruge e um deus que chora."